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Alguns atrás eu li um texto de José Luiz Tejon, no qual ele afirmava que “a nova inteligência pedagógica empresarial representa a arte do “aprender a aprender”. O futuro não é mais criado pelo presente. O futuro é criado pelo que vamos aprender no futuro. Isso quer dizer: o presente já é o futuro.”

Por um momento eu fiquei sem entender o que ele queria dizer, mas não demorou muito para “cair a ficha”. Ele fala da necessidade extrema de nos ajustarmos à dinâmica do mundo corporativo dos dias de hoje. Esse mundo louco e acelerado em que o ato de pensar decisões está perdendo espaço para o ato de agir.

A dinâmica competitiva a qual as empresas estão sujeitas, requer uma capacidade de interferência praticamente instintiva dos seus gestores. Essa velocidade leva a decisões que podem ser equivocadas. Perde-se produtividade, perde-se dinheiro, perde-se market share.

Por favor, não pensem que estou aqui pregando o enrijecimento das organizações. Muito pelo contrário. Falo sobre a necessidade que os gestores têm de estarem qualificados para que as decisões instintivas sejam decisões acertadas. Falo da necessidade de aprender a desaprender, ou seja, se desapegar dos conhecimentos e vivências passadas e rapidamente incorporar os novos conceitos. Adaptabilidade ao novo proposto por outros e desenvolvimento de capacidade criativa e inovadora para geração do próprio conhecimento.

Isto posto, fica claro que os executivos modernos precisam reservar um tempo em suas a agendas para se dedicarem a esta qualificação continuada. Leituras (não apenas técnicas), cursos de especialização, participação em eventos e muitas outras possibilidades de acesso aos novos conteúdos do conhecimento devem ser buscadas. Sentar-se sobre os “louros do passado” que levaram os executivos aos postos que ocupam, pode ser a assinatura da carta de demissão.

 

John Jackson Buettgen

Administrador, consultor e professor