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Melhoria de Processos

10 de Janeiro de 2019

 A melhoria de processos é hoje uma questão de ordem em qualquer ambiente empresarial.

Questionar, simplificar, modificar, automatizar, e/ou eliminar processos e atividades tem se tornado um obsessão entre os gestores e colaboradores de diferentes níveis e organizações.

A atual conjuntura, e o cenário que se prospecta para o futuro de curto e médio prazos, sinaliza que a única certeza sabível, é que a competitividade entre os negócios e as pessoas só tende a ser cada vez mais acirrada.

Tratando-se de competitividade empresarial, o foco vem sendo o combate indiscriminado aos desperdícios.

Mas o que é desperdício?

Desperdício é tudo aquilo que não acrescenta valor ao meu cliente (interno ou externo), ou seja, sempre que durante nosso dia de trabalho ou durante a realização dos processos, tivermos algum movimento, ação ou atividade que nosso cliente NÃO está disposto à pagar, teremos um desperdício!

Precisamos avaliar constantemente nossas rotinas e processos, e listar tudo aquilo que estamos fazendo mas que por algum motivo não está contribuindo para melhorar a qualidade, reduzir o custo ou melhorar a entrega do nosso produto ou serviço.

Existem inúmeras formas de eliminar desperdícios, e uma lista de ferramentas e conceitos para envolver as pessoas na melhoria de processos. Cada empresa deve encontrar àquela que melhor lhe convier, e assim aplica-la não por ser mais um modismo ou porque outras empresas estejam aplicando-a, mas sim porque para ela a ferramenta tende a trazer bons resultados.

Entre as ferramentas mais eficazes temos o MFV (Mapeamento de Fluxo de Valor); também conhecido em algumas empresa pela descrição em inglês VSM (Value Stream Mapping).

O MFV é o primeiro passo para a implantação da Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing), mapeamos o processo para desenhar o Estado Atual das coisas, ou seja,  avalia-se quem são e qual é a demanda atual do cliente, quais são nossos níveis de estoque, quantas pessoas, turnos e máquinas estamos utilizando, qual é nossa eficiência, utilização e qualidade atuais, e ainda, qual é o nosso tempo de atravessamento, ou seja, quanto tempo levamos para transformar matéria prima em produto para o nosso cliente.

A partir do Estado Atual se estabelece o Estado Futuro, a situação ideal. Para tanto se faz necessário que a equipe conheça a filosofia do Lean, e as ferramentas para a eliminação de desperdícios. Desenhar o Estado Futuro significa estabelecer uma “estrela guia”, determinar “onde” a empresa pretende chegar, e em quanto tempo.

É função dos gestores disseminar esta visão do Estado Futuro para toda sua equipe, fazendo com que seja percebido “o porquê” de determinados projeto e ações desenvolvidas pela empresa. Entende-se que sempre que o colaborador percebe o motivo que levou a empresa a adotar determinada atitude e/ou implantar determinada mudança, ele passa a apoiar e se comprometer com as mudanças em questão.

As ações para atingir o Estado Futuro (ideal), podem ser suportadas pelas ferramentas do lean, tais como: TRF (troca Rápida de Ferramentas); MPT (Manutenção Produtiva Total); 5S´s (Housekeeping); Kanban; Nivelamento de Produção (Heijunka Box); Gerenciamento Visual; Células de Manufatura; Layout Flexível (Chaku-chaku); Andon, Pokayokes (gabaritos); Estudos de Tempos & Métodos, Trabalho Padronizado, CCQ, Equipes Kaizen, Kamishibai (Confirmação de processos), entre outras.

As ferramentas do Lean são o meio e não o fim.

O objetivo final da empresa deve ser a sua lucratividade e nossas ações do dia a dia precisam assegurar a perenidade do negócio. A Filosofia do Lean é melhorar a qualidade, o custo e a entrega dos produtos e serviços, de modo contínuo e ordenado.

Em suma o LEAN á uma ferramenta de melhoria de processos.

Dietmar von Gilsa
Consultor